A colheita do trigo no Rio Grande do Sul está próxima da conclusão, com 98% da área cultivada já colhida. O tempo seco dos últimos dias permitiu avanços, especialmente nas regiões Sul e Nordeste do estado, onde houve semeadura mais tardia. A qualidade dos grãos permanece abaixo do padrão ideal, especialmente nas lavouras semeadas durante a segunda metade do período recomendado.
A área cultivada de trigo totalizou 1.516.236 hectares, com uma produtividade estimada de 2.164 kg/ha, representando uma redução de 28,38% em relação à projeção inicial.
Na cultura da soja, o plantio está em andamento, atingindo 50% da área. No entanto, há preocupação com o atraso em comparação com a safra anterior, o que pode impactar negativamente a produtividade. Sintomas de doenças de solo, como damping off, foram observados em algumas regiões, exigindo replantio.
A semeadura do milho está em progresso, com 85% da área prevista semeada. No entanto, há preocupações com o controle da cigarrinha e o aumento da incidência de bacterioses e enfezamento do milho.Na fruticultura, produtores de melancia em Alegrete enfrentam dificuldades devido às chuvas constantes, levando a replantios e problemas nos tratos culturais.
Em Quaraí, as lavouras estão se desenvolvendo bem, mas as chuvas frequentes favorecem o crescimento de ervas daninhas.
Na produção de morangos, a cultura em Bom Princípio sofreu danos devido a chuvas intensas e granizo, enquanto em Santa Rosa, a umidade aumenta a podridão dos frutos.Quanto à apicultura, as condições sanitárias dos enxames são satisfatórias, mas a entrada de néctar nas colmeias diminuiu, impactando a produção de mel.
Na piscicultura, as condições climáticas mais favoráveis impulsionaram o desenvolvimento do fito e zooplâncton nos viveiros. Na pesca artesanal, o período de defeso na bacia da Lagoa Mirim se estende até 31/01/2024, com atividade pesqueira variada em diferentes municípios.
Fonte: Emater/RS-Ascar