Um estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e conduzido na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP) demonstrou que o modo de confinamento de suínos machos afeta profundamente o bem-estar e o comportamento de sua prole. O experimento revelou que quatro semanas de confinamento em celas resultam em filhotes com alterações emocionais relacionadas a medo e ansiedade, além de níveis elevados de cortisol na saliva quando expostos a desafios.
O estudo destaca a importância dos machos como indicadores do que está ocorrendo, permitindo a intervenção para garantir leitões com maior bem-estar. A pesquisa, parte do projeto “A contribuição do macho para o desenvolvimento de fenótipos robustos e o papel mitigador do bem-estar das fêmeas suínas”, ressalta que o ambiente de confinamento dos pais influencia significativamente o comportamento da prole.
Os experimentos mostraram que as condições de alojamento dos machos suínos impactaram os comportamentos emocionais dos filhotes, indicando ansiedade e medo. Além disso, os níveis de cortisol aumentaram nos filhotes dos machos criados em condições desfavoráveis. Os resultados enfatizam a importância da criação de suínos em ambientes enriquecidos para promover o bem-estar animal e a saúde reprodutiva. Os pesquisadores estão conduzindo estudos adicionais para investigar mudanças epigenéticas transmitidas para os filhotes e explorar os efeitos do ambiente em diferentes fases da vida dos animais, oferecendo insights valiosos para a indústria suína e estudos relacionados à saúde humana.
Fonte: Canal Rural.