O consultor do Pecege, João Rosa, apelidado de Botão, caracterizou a temporada 2023/24 como a “safra da tempestade perfeita”, destacando o aumento significativo na produção de cana-de-açúcar e ATR (Açúcares Totais Recuperáveis). No entanto, durante o evento “Cana em Foco” da Nitro, o consultor alertou sobre os desafios que a agroindústria canavieira enfrentará na safra 2024/25.
Botão atribuiu a extraordinária produção da safra anterior à combinação de chuvas favoráveis e a alta taxa de reforma do canavial realizada em 2022. Com uma moagem de 652.641 milhões de toneladas de cana, um aumento de 18,98% em comparação ao ciclo passado, a produção de açúcar e etanol também registrou aumentos notáveis.
No entanto, para a safra 2024/25, prevê-se uma queda na produtividade devido ao atraso no plantio. O consultor explicou que a operação de plantio foi interrompida repetidamente devido às condições climáticas desfavoráveis, resultando em uma menor área plantada. O impacto dessa situação deve refletir em uma redução na produtividade e qualidade da cana.
Os números estimados para a safra futura indicam uma moagem de 622.318 milhões de toneladas, uma redução de 4,7% em relação à safra atual. A produtividade, que atingiu 87,6 t/ha na safra anterior, é projetada para cair para 83,4 t/ha, enquanto a qualidade da cana diminuirá de 140,8 kg/t para 139,4 kg/t.
Botão enfatizou que o atraso no plantio é um fator crucial para a queda na produção, destacando a importância do clima favorável e da gestão eficiente do plantio para o sucesso da agroindústria canavieira.
Fonte: Visão agro