O Piauí é líder entre todas as unidades da federação na comercialização do produto no exterior. O modelo de desenvolvimento com a participação da agroindústria e a organização de uma cadeia integrada surtiu efeitos positivos. Significa geração de renda para milhares de agricultores familiares em algumas das regiões mais pobres do país.
Em 1994, o estado produziu o equivalente a R$ 953 mil (US$ 180 mil). Entre 1994 e 2021, a produção de mel cresceu mais de 100 vezes. No início dos anos 2000, o valor produzido dobrou, chegando a R$ 13,5 milhões em 2003.
Foi e continua sendo necessário envolver muitas pessoas, empresas e instituições para que o produto piauiense continue gerando resultados. Se esses números conseguem descrever parte da ascensão da produção de mel, é apenas uma pequena fração da história.
O mel é um produto natural que sempre foi utilizado por todas as populações humanas que passaram pelo Piauí. A história da apicultura nessa região remonta à chegada do bispo alemão Dom Edilberto Dinkelborg à Diocese de Floriano. A família Wenzel criou o seu ramo de negócio para engarrafar e distribuir mel no mercado nacional em 1991.
A entrada no mercado internacional foi um indutor do crescimento da cadeia produtiva. De olho na importância das exportações, a SAF e o Governo do Estado adotaram ações para qualificar as cooperativas de mel com selos internacionais. No ano passado, por meio de investimentos na qualificação do SAF, a Cooperativa de Desenvolvimento do Vale do Rio Piracuruca (Codevarp) recebeu o Selo da Inspeção Federal.