A colheita de uva está em pleno andamento em diversas regiões do Rio Grande do Sul, apresentando tanto destaques quanto desafios significativos para os produtores locais. Na região de Bagé, na Campanha, as variedades Cabernet Franc, Marselan, Merlot e Cabernet Sauvignon destacam-se, avançando para a fase final de colheita. A qualidade excepcional das uvas tornou a região um polo de produção vitivinícola de destaque, com grande interesse das vinícolas da Serra Gaúcha.
Já em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, a colheita de Petit Verdot, Marselan e Cabernet Sauvignon enfrenta desafios de produtividade devido às chuvas excessivas na fase inicial de frutificação, resultando em uma quebra estimada entre 30% e 40%. O surgimento de uma alta pressão de fungos também tem sido uma preocupação para os produtores.
Em contraste, Frederico Westphalen concluiu a colheita, mas os resultados ficaram aquém das expectativas devido ao excesso de chuvas, comprometendo tanto a quantidade quanto a qualidade das uvas. Os produtores concentram-se agora no manejo pós-colheita, fitossanitário e adubação para a recuperação das plantações.
Em Santa Rosa, a colheita de uva foi satisfatória, com rendimentos favoráveis em áreas não afetadas por fenômenos como granizo. No entanto, os agricultores enfrentam desafios em outras culturas, como os citros, lidando com problemas como o ataque de abelhas-irapuã e a redução na intensidade de pulgões. O controle da predação por aves frugívoras e insetos também é uma preocupação constante.
A temporada de colheita de uva no sul do Brasil não apenas evidencia a diversidade e qualidade dos produtos locais, mas também destaca os desafios enfrentados pelos produtores em diferentes etapas do processo de cultivo.
Fonte: Agrolink