Boi Gordo

Boi gordo no Brasil: pressão persiste, mas queda mostra atenuação

Das principais praças pecuárias brasileiras, apenas São Paulo manteve estabilidade nos preços da arroba ao longo da semana, relata a Scot Consultoria.

Criação de gado.

Apesar da persistente pressão negativa no mercado físico do boi gordo no Brasil, a Agrifatto relata que nos últimos dias a tendência de queda na arroba se intensificou menos, com os pecuaristas buscando segurar o volume ofertado, resultando em menor efetividade da pressão exercida pelas indústrias.

Em relação aos preços da arroba, São Paulo foi a única das principais praças pecuárias brasileiras a manter estabilidade durante a semana, registrando R$ 230/@ para o boi comum e R$ 235/@ para o “boi China”. No entanto, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e Pará apresentaram quedas nas cotações ao longo da semana.

A ociosidade média dos frigoríficos no Brasil é de aproximadamente 20,6%, indicando uma densa atividade de abate para o início do ano. A estratégia dos pecuaristas de reter gado para abate, na tentativa de segurar os preços diante da grande oferta de vaca gorda, impacta diretamente as transações no mercado físico, com os frigoríficos demonstrando relutância em efetuar compras.

A S&P Global Commodity Insight destaca a dinâmica desafiadora do mercado de boi gordo, com as negociações escassas devido à oferta expressiva de vaca gorda e escalas de abate consideradas confortáveis pelos frigoríficos. Além disso, a consultoria observa a atenção dos agentes do setor às condições meteorológicas, com relatos de chuvas contrastando com a previsão de uma nova onda de calor.

No segmento de exportação, o Brasil registrou recorde para fevereiro, com 179,1 mil toneladas de carne bovina in natura exportadas, totalizando US$ 810,8 milhões em faturamento. A demanda internacional pela carne bovina brasileira permanece alta, enquanto no mercado interno, o consumo mantém o escoamento baixo, com preços do boi gordo tendendo à estabilidade.


Fonte: Portal DBO