Meio Ambiente

Estudo indica impactos ambiental da atividade agrícola

A pesquisa se concentra em comparar bacias florestadas com aquelas dedicadas à agricultura, analisando parâmetros como a vasão dos córregos, presença de nutrientes e temperatura da água.

Foto: Fabricio Shinbu/Agência Brasil

Pesquisadores, liderados pela cientista Márcia Macedo, estão realizando um estudo de longo prazo em dez microbacias do Rio Xingu, em Mato Grosso, para entender o impacto da expansão agrícola na paisagem e no ciclo hidrológico. A pesquisa, conduzida pelo Projeto Tanguro do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), revela que a transição de áreas florestadas para agricultura intensiva interfere no balanço da água e de energia, afetando o ciclo hidrológico e representando uma ameaça à segurança alimentar.

A pesquisa se concentra em comparar bacias florestadas com aquelas dedicadas à agricultura, analisando parâmetros como a vasão dos córregos, presença de nutrientes e temperatura da água. Um dos resultados mais significativos é a interferência grave no ciclo hídrico, levando a mudanças na temperatura da água e impactando negativamente a vida nos córregos.

Além disso, a pesquisa destaca que a agricultura intensiva, por não realizar o mesmo processo de evapotranspiração que as florestas, contribui para o aumento da temperatura na região. Isso não apenas afeta o microclima, mas também pode ter implicações de longo prazo na produção de alimentos em escala macro, comprometendo os rios voadores que alimentam grandes áreas agrícolas.

O estudo, inserido no Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (Peld), destaca a importância de uma abordagem contínua para compreender as mudanças no ecossistema e fornece subsídios para políticas públicas. A pesquisa atual é uma extensão do Projeto Tanguro, que continua aprofundando os conhecimentos sobre as interações entre agricultura e meio ambiente.


Fonte: Agencia Brasil