Situação do Rio Grande do Sul também será discutida pelos participantes do evento que será realizado nesta quarta (05/06), em São Paulo
O comércio internacional do agro brasileiro estará em debate nesta quarta-feira (05/06) no 3º Fórum Futuro do Agro (confira a programação abaixo), realização da Globo Rural em parceria com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora). Representantes de produtores rurais, indústria, bancos e entidades ligadas ao setor discutirão as relações com grandes parceiros comerciais: China e União Europeia.
Os chineses são, há alguns anos, os principais clientes do agro do Brasil. O gigante asiático é, por exemplo, o maior comprador da soja brasileira. E, quando não é primeiro, está entre os líderes.
Em abril deste ano, a China representou mais de 36,3% do valor total das exportações do setor, segundo dados do Ministério da Agricultura. Os Estados Unidos, em segundo no ranking, estão bem distantes, com 5,1% do total. De janeiro a abril, os chineses responderam por 32,6% e os americanos, por 6,8%.
Além de quantidade, o consumidor chinês está procurando qualidade. E quer saber sobre a origem e os processos relacionados aos produtos brasileiros. Olhar mais atentamente às demandas de um mercado que, além de muito grande, está mais exigente, é a proposta do painel sobre a China no Fórum Futuro do Agro.
A União Europeia, entre blocos econômicos, é o segundo principal destino das exportações do setor. Em abril, respondeu por 14,4% do valor total, atrás da Ásia, que carrega o peso da China, e foi responsável por 52,5%. De janeiro a abril, as proporções foram de 13,3% dos europeus e 50,9% dos asiáticos.
Os participantes do Fórum Futuro do Agro vão analisar as relações com o bloco europeu, especialmente em aspectos como a rastreabilidade e produção com baixas emissões de gases de efeito estufa, em meio à nova legislação que torna mais rigorosas as regras de compra de produtos agrícolas, com efeito, no Brasil, sobre setores como soja, carnes e café.
Clima
As consequências da tragédia vivida em função das chuvas no Rio Grande do Sul também estarão em discussão. Cálculos da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apontam que a agropecuária é o setor da economia gaúcha mais prejudicado pelas inundações que atingiram grande parte do Estado: o valor passa de R$ 3 bilhões.
As cifras podem ser maiores, considerando que as perdas ainda estão sendo mensuradas. Além de lavouras que ficaram debaixo d’água, produtos armazenados se perderam em silos inundados. Pecuaristas perderam rebanhos e estruturas de criação de gado de corte e de leite. Suinocultura e avicultura também tiveram prejuízos.
O Fórum Futuro do Agro será em São Paulo, na quarta-feira (5/6), Dia Mundial do Meio Ambiente. As inscrições para o evento estão encerradas. A cobertura completa estará no site e nas redes sociais da Globo Rural, nos jornais O Globo e Valor Econômico, e na Rádio CBN.
Confira a programação do evento