Foram abatidas 9,3 milhões de cabeças no período, segundo o IBGE
O abate de bovinos no país registrou um novo recorde no primeiro trimestre de 2024, com 9,3 milhões de cabeças, aumento de 24,6% ante igual período de 2023. A informação é da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, do Leite, do Couro, e da Produção de Ovos de Galinha, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o quarto trimestre de 2023, houve alta de 1,6% no abate de bovinos.
Janeiro foi o mês de maior atividade do trimestre, com um abate total de 3,15 milhões de cabeças, expansão de 23,7% em relação a igual mês do ano anterior.
O abate de fêmeas aumentou 28,2% na comparação entre os trimestres, também recorde para a categoria. O abate de machos subiu 21,7% e atingiu o melhor resultado para um primeiro trimestre.
Regionalmente, 23 das 27 unidades da federação tiveram aumento no abate. As mais expressivas foram Mato Grosso (+420,07 mil cabeças), Goiás (+263,41 mil cabeças), São Paulo (+219,41 mil cabeças), Minas Gerais (+206,49 mil cabeças), Pará (+180,04 mil cabeças), Rondônia (+155,75 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+110,36 mil cabeças), Bahia (+58,08 mil cabeças) e Paraná (+46,73 mil cabeças).
Em contrapartida, a variação negativa mais expressiva ocorreu no Rio Grande do Sul (-34,41 mil cabeças).
O Mato Grosso se manteve como o Estado com maior parcela no abate nacional, com 18,3% da participação nacional, seguido por Goiás (10,8%) e São Paulo (10%).
Sobre bovinos, o IBGE informou ainda que houve produção de 2,398 milhões de toneladas de carcaças bovinas no primeiro trimestre deste ano. O volume representa alta de 24,1% frente ao primeiro trimestre de 2023. Em relação ao quarto trimestre de 2023, houve recuo de 1,4%.
Couro
O IBGE divulgou também dados sobre os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro.
Os curtumes declararam ter recebido 9,321 milhões de peças inteiras de couro cru no primeiro trimestre, ganho anual de 19,9%; e de 4,2% em relação ao quarto trimestre de 2023.
Foram verificados aumentos em 13 das 17 Unidades da Federação que possuíam curtumes elegíveis pelo universo da pesquisa. As altas mais expressivas, em estados com mais de 5% de participação na aquisição nacional, ocorreram em Goiás (+461,49 mil peças), Mato Grosso (+319,34 mil peças), São Paulo (+221,90 mil peças), Mato Grosso do Sul (+169,79 mil peças), Pará (+141,93 mil peças), Rondônia (+129,00 mil peças) e Rio Grande do Sul (+41,49 mil peças).
Mato Grosso continua a liderar a relação de Unidades da Federação que recebem peças de couro cru para processamento, com 17,2% da participação nacional, seguido por Goiás (15,5%) e Mato Grosso do Sul (12,5%).
A Pesquisa Trimestral do Couro investiga os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano.