O Plano Safra 24/25 terá R$ 475,5 bilhões, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em entrevista ao Valor. “É um Plano Safra, no mínimo, 20% maior que o atual”, disse. A agricultura empresarial terá R$ 400,58 bilhões de crédito, sendo R$ 293,88 bilhões para custeio e comercialização e R$ 106,7 para investimentos. A agricultura familiar terá R$ 74,98 bilhões.
O custo com equalização de juros do Plano Safra vai aumentar 23%, para R$ 16,7 bilhões. Para a agricultura empresarial, o Tesouro Nacional vai aplicar R$ 6,3 bilhões em equalização de juros, em comparação aos R$ 5,1 bilhões da safra atual. Para a agricultura familiar, o Tesouro Nacional vai aplicar R$ 10,4 bilhões em equalização de juros, em relação aos R$ 8,5 bilhões da safra atual.
Fávaro comentou que os recursos do Plano Safra 2024/25 “serão quase 10% maiores que do atual [de R$ 435,8 bilhões]”, mesmo em cenário de queda dos custos de produção de grãos também próxima de 10%. Por isso, avaliou, o montante disponível será 20% maior.
O ministro também confirmou a linha em dólar para custeio via BNDES com taxas pré-fixadas, conforme já antecipou o Valor. Além disso, o Plano Safra 2024/25 deve ter desconto de até 1 ponto percentual nos juros de custeio para os produtores que adotam boas práticas.
Fávaro afirmou ainda que as emissões de cédulas do produtor rural (CPRs) com recursos de letras de crédito do agronegócio (LCAs) deverão ser de R$ 106,5 bilhões na safra 2024/25, “Somando esses recursos de CPRs, que têm incentivo tributário, são mais de R$ 582 bilhões no Plano Safra 2024/25”, disse.
Segundo Fávaro, foi uma determinação do presidente Lula que o BNDES entrasse com “pé no acelerador” no Plano Safra. “Foi determinação do presidente esse incremento de mais de 23% de recursos do Tesouro para o Plano Safra continuar ser grande, batendo recorde, apostando na nossa agropecuária”, afirmou.