O Banco Central tem que ficar fora da “arena política”, afirmou nesta terça-feira o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, argumentando que o tempo mostrará que o trabalho da autoridade monetária é técnico.
Falando em fórum promovido pelo Banco Central Europeu (ECB) em Sintra, Portugal, Campos Neto afirmou que se observa nas últimas semanas um prêmio de risco elevado no Brasil, com incertezas relacionadas ao que acontecerá quando a autoridade monetária tiver um novo comando.
O presidente ponderou que a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), de manter a taxa básica Selic em 10,50% ao ano, foi unânime, com apoio de quatro indicados pelo atual governo, entendendo o que seria melhor para o país.
Para ele, cujo mandato no comando do BC se encerra em dezembro, o prêmio de risco relacionado ao tema tende a cair com o tempo.