As carnes estiveram no centro dos debates do governo e Congresso nos últimos dias, no impasse se estarão ou não entre os itens da cesta básica, na reforma tributária. Caso tenham desoneração, o reflexo virá em forma de valores mais acessíveis e aumento na demanda interna. Mas ainda que fiquem de fora da isenção, ao menos a proteína bovina tende a continuar com o consumo aquecido até o fim de 2024, segundo analistas.
No frango e suíno, o cenário esperado pela indústria é um pouco menos promissor, com possibilidade de aumento no preço da carne da ave, por exemplo, caso não entre na cesta básica.
Com o ciclo de alta oferta na pecuária bovina e ampliação no volume de abates, a consultoria Agrifatto estima que a produção da carne de boi deve crescer 8,8% neste ano, para 9,72 milhões de toneladas.
Mesmo com a exportação indo de vento em popa, com possibilidade de crescer 15,5% em 2024, para 3,28 milhões de toneladas, quem consome a maior parte da carne bovina produzida no Brasil é o mercado doméstico.
Por aqui, a consultoria espera que a demanda local avance 5,4%, para 6,48 milhões de toneladas no ano, em relação a 2023. Os cálculos não levam em consideração uma eventual desoneração para a proteína.