Em menos de 20 dias, mais uma mortandade de peixes foi registrada no Rio Piracicaba, causada por descartes irregulares de resíduos. Na semana passada, os dejetos jogados no rio, provocaram a morte de mais de 250 mil peixes. Os danos ambientais estão prejudicando a vida de quem vive da pesca na região.
Atenta aos prejuízos causados pela tragédia ambiental, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, reduziu de 5% para 3% a taxa de juros anual da linha de crédito do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), destinada à aquicultura para a região afetada pela tragédia.“Nesse momento de dificuldade, nossos pescadores da região de Piracicaba e Sorocaba podem contar com o apoio do Governo de SP”, ressalta Guilherme Piai, secretário de Agricultura de São Paulo.
Segundo o levantamento inicial da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), mais de 30 famílias dependem do rio para o seu sustento. Para ter acesso à linha de crédito com taxa especial, os pescadores devem procurar a Casa da Agricultura do seu município. “Nossos técnicos darão todo o suporte necessário nesse período de dificuldade, para que os pescadores paulistas enfrentem esse problema com mais tranquilidade”, afirma Piai.
Na semana passada, foi notificada a maior mortandade de peixes já registrada no Rio Piracicaba, que chegou até a Área de Proteção Ambiental (APA) do Tanquã, no interior de São Paulo, e matou cerca de 253 mil peixes em um trecho de 70 quilômetros. Em menos de 20 dias, uma terceira mortandade de peixes foi registrada no rio, na segunda-feira (22/07). De acordo com o Ministério Público (MP-SP) e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb-SP), que investigam o caso, esta ocorrência não tem relação com a morte registrada no Tanquã. Desta vez, os animais mortos foram encontrados no trecho próximo da Rampa dos Pescadores na Avenida Beira Rio, em Piracicaba.