Reposição dos nutrientes no solo é essencial para garantir que as flores cresçam de forma saudável
Quem deseja ter orquídeas floridas precisa seguir uma série de cuidados, entre eles, a adubação. A reposição dos nutrientes no solo deve ser feita regularmente para garantir que as flores cresçam de forma saudável e produtiva.
A orquídea aceita quatro tipos de adubo: o químico foliar, o orgânico, o químico via solo e a fertirrigação. Confira as dicas de Mateus Liell, proprietário de orquidário em São Sebastião do Caí (RS) e conselheiro técnico da Federação Gaúcha de Orquidófilos, para entender a diferença e como utilizar cada um deles.
Qual melhor adubo para fazer a orquídea florir?
Os adubos são compostos por macro e micronutrientes, os chamados NPK – nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K). Para saber a especificidade, como crescimento, floração ou manutenção, é preciso ficar atento à embalagem.
O especialista explica que os adubos que possuem a mesma quantidade de nitrogênio, fósforo e potássio são indicados para manutenção das plantas. Quem deseja incentivar o nascimento das flores deve apostar em produtos com mais potássio. Já para o crescimento, é o nitrogênio
“Se todos os componentes tiverem o mesmo número, quer dizer que é ideal para a manutenção. Mas se o N for maior, deve ser usado apenas para crescimento. Já se o P tiver o valor mais elevado, o produto vai ajudar na floração”, esclarece o especialista.
Tipos de adubação para orquídea
Adubação química foliar
A adubação química foliar consiste em diluir o adubo em pó na água e aplicá-lo nas folhagens da orquídea. A dosagem mais comum é usar 1 grama de adubo (colher de chá rasa) para cada litro de água, aplicando uma pequena névoa (chuvisqueiro) com borrifador manual ou eletrônico nas folhas.
O produto, disponível em lojas de jardinagem ou na internet, deve ser utilizado uma vez por semana ou a cada 15 dias no início da manhã ou fim da tarde, evitando os horários mais quentes.
Adubação orgânica
Para fortalecer as orquídeas de forma natural, a melhor opção é o uso do bokashi, um adubo orgânico japones que tem ganhado espaço e reconhecimento por quem cultiva flores no Brasil. O produto é feito com farelo de arroz e restos de vegetais, como alimentos, capim e folhas.
O indicado é colocar uma colher de chá de bokashi no canto do vaso e longe da brotação da planta a cada 30 dias. “Recomendo molhar a orquídea antes da aplicação para que o adubo forme um torrão e não seja levado com a água na próxima irrigação”.
Para quem deseja fazer o adubo em casa, a dica do profissional é misturar três partes de torta de mamona com uma parte de farinha de osso.
Adubação química via solo
Por ser de liberação lenta no substrato da orquídea, o produto pode ser usado em conjunto com a adubação orgânica e a foliar.
O adubo se apresenta em diversas formulações no mercado com macro e micronutrientes e no formato de pequenas bolinhas revestidas por uma capa de tinta para que o produto não seja dissolvido imediatamente e não queime as raízes com uma concentração excessiva de fertilizantes.
Na adubação química via solo a aplicação consiste em colocar de 10 a 15 bolinhas semelhantes ao sagu diretamente no substrato.
Fertirrigação
O método é semelhante ao processo da adubação química foliar. No entanto, enquanto esta promove a névoa apenas na folhagem da orquídea, a fertirrigação rega a planta inteira com o adubo NPK por meio de um borrifador.
Outra diferença é a dosagem, que consiste em usar apenas 0,25 gramas em cada litro de água. Para manter a orquídea saudável, deve-se realizar a técnica uma vez por semana ou a cada 15 dias.