Cotações

Cacau, café e algodão caem em Nova York

Açúcar opera com estabilidade no começo do pregão Os contratos de cacau com entrega para dezembro operam em queda de 1,54% na abertura da bolsa de Nova York, cotados a US$ 6.842 por tonelada, em um dos menores níveis do ano, com uma diminuição nos receios sobre a oferta na África Ocidental. Chuvas intensas na Costa do Marfim …

Açúcar opera com estabilidade no começo do pregão

Preço do cacau está em um menores níveis do ano — Foto: Wenderson Araujo/CNA

Os contratos de cacau com entrega para dezembro operam em queda de 1,54% na abertura da bolsa de Nova York, cotados a US$ 6.842 por tonelada, em um dos menores níveis do ano, com uma diminuição nos receios sobre a oferta na África Ocidental.

Chuvas intensas na Costa do Marfim no início deste mês interromperam a agricultura e o transporte de cacau, mas a melhora nas condições climáticas deve facilitar a colheita e a secagem das vagens, enxerga a consultoria Trading Economics.

Ao mesmo tempo, o regulador da Costa do Marfim, Le Conseil Cafe-Cacao, aumentou a estimativa de produção de cacau do país para 2024/25 em até 10%, passando de 2,0 milhões de toneladas para 2,1 a 2,2 milhões de toneladas, em comparação com a previsão de junho.

Os contratos futuros de café arábica com entrega para dezembro, mais negociados na bolsa no momento, caem 0,73%, cotados a US$ 2,5050 por libra-peso.

A tendência de queda se mantém, na avaliação da consultoria, após o adiamento da lei antidesmatamento da União Europeia, permitindo que os estoques de café não certificados continuem a cumprir contratos até pelo menos 30 de dezembro. “Esse atraso diminuiu as preocupações sobre uma escassez imediata de suprimentos”, pontua.

Além disso, a previsão de chuvas nas regiões produtoras no Brasil ajudam a aliviar as preocupações do mercado. Apesar disso, a queda é limitada pelo receio de que a chuva possa não ser suficiente para mitigar completamente as preocupações sobre a floração da safra de café do próximo ano, que continua em risco devido às prolongadas condições de seca, diz a consultoria.

O algodão opera em queda de 0,19%, cotado a 72,37 centavos de dólar por libra-peso, recuando após atingir cotações mais elevadas enquanto traders avaliavam as perspectivas de demanda após um relatório de vendas de exportação mais forte do que o esperado, diz a Trading Economics.

O relatório semanal de progresso da safra mostrou condições melhores para a produção de algodão nos EUA. Além disso, relatório de outubro do USDA projetou que a produção global de algodão em 2024/25 atingirá 25,395 milhões de toneladas, um aumento de 0,2% em relação à previsão de setembro e uma alta de 2,6% em relação à safra anterior.

O açúcar opera em estabilidade nesta abertura, com uma leve alta de 0,04% para os papéis com entrega em março, a 22,35 centavos de dólar por libra-peso

Embora a chuva no Brasil possa beneficiar a safra do próximo ano, os traders observaram que chegou tarde demais para ajudar na produção deste ano e pode interromper o processo de colheita atual, avalia a Trading Economics.

Além disso, a Unica revisou suas estimativas de estoques, reduzindo os estoques de açúcar do Centro-Sul do Brasil no final de março de 4,3 milhões de toneladas para 1,9 milhão de toneladas, uma redução significativa de 2,4 milhões de toneladas. Ademais, a associação dos agricultores de cana-de-açúcar do Brasil, Orplana, prevê que a safra do Centro-Sul para a temporada 2025/2026 alcançará 582 milhões de toneladas métricas, ligeiramente abaixo das estimativas de 590 milhões de toneladas para a temporada 2024/2025.

Já o suco de laranja concentrado e congelado avança 0,31%, cotado a US$ 5,0165 por libra-peso.