Cecafé encabeça um plano para desenvolver tecnologia capaz de georreferenciar áreas com precisão de até 50 centímetros a fim de comprovar a origem do café brasileiro
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) encabeça um plano para desenvolver tecnologia capaz de georreferenciar áreas com precisão de até 50 centímetros a fim de comprovar detalhadamente a origem do café brasileiro. Esse nível de precisão permitirá mapear as propriedades cafeeiras do país, cumprindo as metas da lei antidesmatamento da União Europeia, a EUDR.
No primeiro momento, a tecnologia serviria para a cadeia do café, mas poderia ser viabilizada também para outras commodities.
A entidade coordenará o projeto, orçado em R$ 6,5 milhões. Para dar início ao desenvolvimento da tecnologia, o Cecafé espera o sinal verde do Ministério da Agricultura para que uma parte dos recursos discricionários do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) de 2024 possa ser utilizada para esse fim.
Até o fechamento desta edição, a entidade aguardava a posição da Pasta. Segundo Marcos Matos, CEO do Cecafé, a cadeia produtiva e o Conselho Deliberativo de Política Cafeeira (CDPC), formado por diversas associações do setor, já aprovaram o uso do recurso.
Os recursos discricionários do Funcafé totalizam R$ 11 milhões, e os outros R$ 4,5 milhões já estão empenhados para ações de marketing e imagem do grão brasileiro, conforme Matos.
Além do Cecafé e do CDPC, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) também participará da iniciativa. O setor privado pode ser incluído em alguma fase do projeto.