Os Estados Unidos aumentaram em quase 100% as importações de ovos do Brasil, antes destinados apenas à ração animal. Agora, esses ovos podem ser utilizados em alimentos processados, como misturas para bolos, sorvetes e molhos para salada. Essa mudança surge como uma solução para a crise no mercado de ovos, causada pela gripe aviária, que afetou a produção interna.
O governo dos EUA avalia flexibilizar regulamentações que proíbem o consumo de ovos de frangos de corte para alimentação humana. A modificação exigiria mudanças nas normas de segurança alimentar, que atualmente exigem refrigeração rigorosa para evitar a propagação de doenças como a salmonela.
A escassez de ovos nos EUA gerou um aumento de 53,6% nos preços no atacado, pressionando a inflação alimentar. Para aliviar a situação, o governo anunciou um plano de US$ 1 bilhão, visando conter a disseminação do vírus e promover vacinas.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) registrou um aumento de 93% nas exportações de ovos para os EUA em fevereiro. A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) ainda analisa a possibilidade de permitir o uso de ovos de frangos de corte em produtos alimentícios processados.
Apesar das preocupações com a segurança alimentar, produtores de frango defendem que os ovos pasteurizados não representam risco à saúde pública, pois o processo de pasteurização elimina os patógenos.
