O agronegócio brasileiro, motor da economia nacional, apresenta um crescimento impressionante. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) projeta um avanço de 8% no PIB em 2023, após uma retração de 2% em 2022. No entanto, políticas protecionistas e precaucionistas podem representar desafios à competitividade do setor.
Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), afirma que, no longo prazo, o aumento das restrições internacionais pode impactar negativamente a balança comercial brasileira.
Ele destacou a importância do diálogo com países e regiões importadoras de produtos brasileiros durante a Agrishow 2023, que ocorreu nesta quarta-feira (03/05).
Carvalho ressaltou a competitividade do agronegócio baseada em ciência, tecnologia, produtividade e sustentabilidade. O setor continua investindo em capacitação, inovação tecnológica e qualidade.
A Agrishow 2023, segundo Carvalho, desempenha um papel importante ao reunir e equilibrar as cadeias produtivas e trazer temas relevantes para discussão.
A feira conecta os elos produtivos desde insumos até a produção agroindustrial e políticas públicas.
O ex-ministro Roberto Rodrigues estima que o agronegócio baterá novos recordes nesta safra, especialmente na produção de grãos, que se aproxima dos 300 milhões de toneladas. Ele destaca a necessidade de atenção às barreiras internacionais e a algumas demandas internas, como o rápido crescimento e desenvolvimento tecnológico.
Carvalho menciona a bioeconomia, descarbonização, insegurança alimentar, agenda verde e modernização do setor agropecuário como temas que merecem maior atenção das instituições brasileiras.
Desde 2000, a projeção de crescimento produtivo do agronegócio é seis vezes maior, com ganhos significativos em produtividade e avanços tecnológicos.
A Agrishow é uma iniciativa das principais entidades do agronegócio no Brasil e é organizada pela Informa Markets, parte do Grupo Informa, um dos maiores promotores de feiras, conferências e treinamentos do mundo.
Fonte: ABAG.