O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, na última sexta-feira (11/04), as Portarias nº 28 a nº 66 no Diário Oficial da União, atualizando o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do feijão comum. O estudo contempla o cultivo tanto de sequeiro quanto irrigado e orienta os melhores períodos e regiões para o plantio, com base em riscos climáticos de perda da lavoura.
As novas diretrizes do Zarc são fundamentais para políticas públicas como o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Também são usadas por produtores, técnicos agrícolas e instituições financeiras para o planejamento de lavouras e concessão de crédito rural.
Um dos principais avanços foi a incorporação do modelo de simulação CROPGRO-Drybean, que estima produtividade com base em dados diários de clima, solo e genética da planta. Segundo Alexandre Bryan Heinemann, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão e coordenador do estudo, a nova abordagem permite maior precisão nas janelas de plantio, considerando variações climáticas ano a ano.
As atualizações também incluíram sugestões validadas por instituições parceiras que participaram das reuniões técnicas. “Esse diálogo permitiu um ajuste fino aos resultados, adequando o zoneamento às realidades dos ambientes de produção”, destaca Heinemann. O Zarc segue como referência para mitigar os riscos climáticos e melhorar a eficiência no cultivo do feijão em todo o Brasil.
