A agricultura de precisão brasileira vive uma nova revolução com a chegada do Agro 4.0, que alia sustentabilidade e eficiência operacional. A integração de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), georreferenciamento e Big Data já promoveu ganhos importantes nas lavouras, otimizando o uso de insumos e impulsionando a produtividade. Agora, a Inteligência Artificial (IA) surge como novo aliado, ampliando o potencial de automação de máquinas agrícolas, embora ainda enfrente desafios técnicos e regulatórios para sua plena implementação.

Empresas do setor já investem em soluções baseadas em IA para modernizar o manejo agrícola. A PTx, marca de tecnologia da AGCO, aposta em projetos como o OutRun, sensores avançados e pulverizadores seletivos. A integração de plataformas digitais permite aos produtores acompanhar a operação em tempo real, otimizando o uso de recursos e elevando a sustentabilidade no campo. A conectividade e a automação são prioridades para garantir maior eficiência e reduzir custos na produção.
Tradicionais fabricantes também aceleram a transformação digital. A Massey Ferguson investe em automação nas fábricas e no campo, com o uso de veículos autônomos (AGVs) e robôs colaborativos (cobots) para aumentar a segurança e a eficiência produtiva. No campo, pulverizadores equipados com estações meteorológicas e sistemas de aplicação seletiva reforçam o uso inteligente de insumos, enquanto tecnologias de análise de solo e produtividade orientam o manejo das safras.
Além da automação, a transição energética já ganha espaço. A Fendt, do grupo AGCO, desenvolve o projeto Xaver, que utiliza robôs leves em trabalho de “enxame” para o plantio, reduzindo a compactação do solo e o consumo energético. Com essas iniciativas, o Agro 4.0 promete consolidar uma agricultura mais sustentável, conectada e produtiva, moldando o futuro do campo brasileiro.