
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro, a Embrapa Soja destacará suas tecnologias sustentáveis para a produção de soja baixo carbono. A empresa apresentará iniciativas voltadas à redução de emissões, certificação voluntária e sistemas produtivos mais resilientes às mudanças climáticas.
Segundo a Embrapa Soja, o Brasil avança com iniciativas que unem transição climática, segurança alimentar e produtividade. Um dos destaques no evento é o Programa Soja Baixo Carbono, que desenvolve um protocolo de certificação voluntária para valorizar a soja produzida com menor emissão de gases de efeito estufa e maior resiliência ao clima. Segundo a chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Soja, Carina Rufino, a proposta busca reconhecer sistemas de produção mais modernos e alinhados às demandas ambientais e de mercado.
Durante a COP 30, pesquisadores demonstrarão, na prática, aspectos técnicos e operacionais do protocolo de certificação, na Vitrine dos Programas de Baixo Carbono da Embrapa, instalada na fazenda Álvaro Adolfo, área central da Agrizone. O espaço contará com sistemas produtivos que incluem culturas em sucessão ou rotação, como trigo, milheto, milho, milho-braquiária e pastagens, além de diferentes plantas de cobertura que contribuem com a saúde do solo.
A estimativa da Embrapa, baseada em dados de mais de 30 anos de pesquisa, indica que as práticas previstas no protocolo podem reduzir em cerca de 30% as emissões de gases de efeito estufa. Considerando o carbono armazenado no solo, a redução pode chegar a 60%. Segundo a chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Soja, Roberta Carnevalli, a certificação dará ao produtor uma ferramenta nacional, científica e adaptada às condições tropicais, tornando mensurável a sustentabilidade do grão.
Manejo do solo
Além da certificação, os visitantes poderão conhecer outras práticas de diversificação e manejo do solo. Para mostrar o efeito das raízes no sistema produtivo, a Embrapa montou um painel com estruturas radiculares de seis espécies: soja, milho, sorgo, panicum, braquiária brizanta e braquiária ruziziensis. A proposta é mostrar que a saúde do solo e a produtividade dependem do que acontece abaixo da superfície.
Programação da Embrapa Soja na COP30
No dia 13 de novembro, às 16h40, será realizado o painel Soja Baixo Carbono: Alicerces para uma agricultura tropical resiliente e sustentável, no Pavilhão de Exposições da Agrizone. Na ocasião, será lançada a versão em inglês da publicação Diretrizes técnicas para certificação Soja Baixo Carbono, primeira aproximação.
A Embrapa também apresentará inoculantes desenvolvidos para soja, feijão, milho e pastagens, integrando o portfólio nacional de bioinsumos. Outro destaque será o Zarc Níveis de Manejo (ZarcNM), que estreia com projeto-piloto no Paraná na safra 2025/26. A ferramenta agrega ao Zoneamento Agrícola de Risco Climático indicadores de boas práticas de manejo do solo, permitindo aos produtores acesso a percentuais diferenciados de subvenção do seguro rural conforme o nível de manejo adotado na propriedade.
No dia 14 de novembro, das 16h30 às 18h, acontece o painel Segurança Alimentar e Nutricional: O Papel da Ciência Brasileira no Combate à Fome, organizado pela Embrapa, Academia Brasileira de Ciência e Instituto Peabiru. Durante o evento, será lançada a versão em inglês do livro de mesmo nome, organizado pela pesquisadora Mariangela Hungria.
Fonte: Canal Rural.








