
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (7) a solicitação ao Departamento de Justiça para a abertura imediata de uma investigação contra frigoríficos norte-americanos. Segundo ele, as empresas estariam elevando artificialmente o preço da carne bovina por meio de conluio, fixação e manipulação de preços.
Trump destacou que o valor do gado vivo tem apresentado queda, enquanto a carne embalada permanece com preços elevados. Essa discrepância, segundo o presidente, sugere “algo suspeito” no mercado, e ele prometeu punição caso sejam comprovadas irregularidades. A Procuradora-Geral dos EUA, Pamela Bondi, confirmou que a apuração já está em andamento.
Relações tensas com pecuaristas
As relações com os pecuaristas se deterioraram desde outubro, quando Trump propôs o aumento da importação de carne argentina como forma de reduzir os preços internos, que haviam alcançado níveis recordes. Produtores criticaram veementemente a sugestão, argumentando que tal medida prejudicaria o setor, que enfrenta forte demanda e margens de lucro elevadas.
Política tarifária e o apoio ao setor pecuário
Trump utilizou sua plataforma online para afirmar que “os pecuaristas, que eu amo, não entendem que a única razão pela qual estão indo bem, pela primeira vez em décadas, é porque eu impus tarifas sobre o gado que entra nos EUA, incluindo uma tarifa de 50% sobre o Brasil”.
Disponibilidade de gado nos Estados Unidos
O fornecimento doméstico de gado está restrito. Os rebanhos atingiram o menor patamar em quase 75 anos, resultado de anos de seca que impactaram a disponibilidade de pastagens e aumentaram os custos de alimentação.
Importações e as consequências globais
A situação foi agravada pela suspensão da maioria das importações de gado mexicano, devido ao risco de disseminação da bicheira-do-Novo-Mundo, e pela tarifa de 50% aplicada sobre produtos brasileiros desde agosto. É importante ressaltar que o Brasil é o principal fornecedor de carne utilizada pela indústria de hambúrguer nos Estados Unidos.
Com informações do G1.
Fonte: Canal Rural.








