Unica pede transição imediata para combustíveis sustentáveis na COP30

Unica pressiona por transição energética imediata na COP30, defendendo biocombustíveis como solução eficaz e escalável para reduzir emissões globais. Brasil se posiciona para liderar com etanol e outras rotas sustentáveis já consolidadas.

Biocombustíveis
Foto: Pixabay

Durante a COP30, em Belém, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) defendeu que a transição energética global precisa começar agora, com o uso de soluções já disponíveis em escala comercial. A entidade argumenta que os biocombustíveis são instrumentos eficazes para reduzir emissões no curto prazo e ajudar países a cumprir as metas do Global Stocktake, que prevê triplicar a capacidade de energias renováveis até 2030.

Soluções já testadas e prontas para ampliar escala

A Unica reforça que o foco deve estar em alternativas comprovadas, como a mistura obrigatória de biocombustíveis na gasolina e no diesel, o combustível sustentável de aviação (Sustainable Aviation Fuel, SAF) e as rotas de descarbonização no transporte marítimo. Essas opções, segundo a entidade, já operam de forma competitiva e podem gerar resultados concretos antes de novas tecnologias alcançarem maturidade.

A conferência também discute o Belém 4X Pledge on Sustainable Fuels, compromisso internacional voltado à expansão dos combustíveis sustentáveis. O acordo busca orientar políticas públicas, atrair investimentos e estimular o uso de rotas tecnológicas maduras, com ênfase na economia circular e no melhor aproveitamento de recursos agrícolas e energéticos.

Brasil pode liderar a transição

Para o presidente da Unica, Evandro Gussi, a COP30 marca uma mudança de fase no enfrentamento climático. Ele afirma que o mundo precisa adotar soluções já testadas e seguras, e cita o etanol brasileiro como exemplo de biocombustível eficiente e acessível.

Gussi destaca que o Brasil reúne condições favoráveis para liderar esse processo, com políticas públicas consolidadas, sistemas de rastreabilidade e auditorias independentes. Segundo ele, essa estrutura garante produção sustentável e pode servir de referência internacional para acelerar a transição energética e cumprir as metas do Acordo de Paris.

Fonte: Canal Rural.