Soja: preços estáveis e leves recuos marcam fechamento; veja os dados

Mercado de soja registra leve queda com produtores retendo estoques e aguardando relatório do USDA. Dólar em baixa e Chicago mista limitam volatilidade.

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Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

O mercado brasileiro de soja registrou um dia de baixa movimentação nesta terça-feira (11), com negociações restritas a lotes pontuais. Conforme análise de Rafael Silveira, da Safras & Mercado, produtores com estoque disponível optam por reter a mercadoria na expectativa de melhores preços, enquanto compradores adquirem apenas por necessidade. Essa dinâmica mantém o spread elevado em algumas praças.

Segundo o analista, a pouca variação na Bolsa de Chicago e a desvalorização do dólar contribuíram para um cenário de preços entre estáveis e fracos. “O mercado aguarda com expectativa o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para sexta-feira, sem grandes movimentações hoje”, destacou Silveira.

Preços de soja no Brasil

  • Passo Fundo: caiu de R$ 135,00 para R$ 134,00
  • Santa Rosa: caiu de R$ 136,00 para R$ 135,00
  • Cascavel: subiu de R$ 133,00 para R$ 134,00
  • Rondonópolis: manteve em R$ 125,00
  • Dourados: caiu de R$ 126,00 para R$ 125,50
  • Rio Verde: manteve em R$ 126,00
  • Paranaguá: caiu de R$ 140,50 para R$ 140,00
  • Rio Grande: manteve em R$ 140,50

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja fecharam mistos nesta terça-feira na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). As posições com vencimento mais próximo registraram recuo, enquanto os contratos mais longos apresentaram uma modesta alta.

Após duas sessões de valorização, o mercado corrigiu devido à ausência de novas compras significativas de soja americana por parte da China. Os agentes do mercado também aguardam o relatório de novembro do USDA, a ser divulgado na sexta-feira, 14.

Apesar de indicativos de que China e Estados Unidos poderiam estar negociando volumes de soja na casa de 12 milhões de toneladas, o interesse asiático parece demonstrar um esfriamento. As inspeções de exportação não revelaram a presença de compradores chineses.

Adicionalmente, há relatos de que a China tem adquirido volumes expressivos no Brasil. A COFCO Oils & Oilseeds, subsidiária da estatal chinesa COFCO, fechou acordos com ADM, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus. Esses contratos visam a compra de aproximadamente 20 milhões de toneladas de soja, óleo de soja, óleo de palma e outros produtos agrícolas do Brasil, com valor superior a US$ 10 bilhões, conforme informações da Reuters.

O USDA deve apresentar, em seu relatório de novembro, uma redução na projeção da safra de soja dos Estados Unidos para a temporada 2025/26. Consultorias de mercado indicam que a estimativa para a safra americana deve ficar em 4,265 bilhões de bushels, frente aos 4,301 bilhões previstos em setembro. Para os estoques de passagem, a projeção é de 292 milhões de bushels para 2025/26, comparado aos 300 milhões projetados em setembro.

No que diz respeito ao balanço global de oferta e demanda, o mercado projeta estoques finais para 2024/25 em 123,4 milhões de toneladas. Em setembro, este número era de 123,6 milhões. Para a temporada 2025/26, a expectativa é que o USDA indique 124,6 milhões de toneladas de estoques finais, contra os 124 milhões projetados em setembro.

Contratos futuros de soja

Os contratos futuros da soja em grão com vencimento em janeiro fecharam em baixa de 2,75 centavos de dólar, ou 0,24%, a US$ 11,27 1/4 por bushel. A posição de março cotou-se a US$ 11,38 por bushel, com uma retração de 1,25 centavo de dólar, o que representa 0,10%.

Nos subprodutos, o farelo de soja com vencimento em dezembro encerrou o dia com desvalorização de US$ 3,10, ou 0,96%, sendo negociado a US$ 316,90 por tonelada. No mercado de óleo de soja, os contratos com vencimento em dezembro foram negociados a 51,10 centavos de dólar, registrando um ganho de 0,52 centavo, o equivalente a 1,02%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,62%, sendo cotado a R$ 5,2735 para venda e R$ 5,2715 para compra. Durante o pregão, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2633 e a máxima de R$ 5,2983.

Fonte: Canal Rural.