
No encerramento da Casa da Ciência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Belém (PA), nesta sexta-feira (21), especialistas discutiram estratégias para fortalecer a resiliência e promover avanços tecnológicos na Amazônia. O painel contou com reitores de instituições de pesquisa da região e representantes do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social vinculada ao MCTI. A Casa da Ciência é o espaço do ministério durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30).
Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o painel evidenciou que universidades e institutos de pesquisa são os principais ambientes onde o conhecimento é convertido em soluções para diferentes setores da sociedade. O reitor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Francisco Ribeiro da Costa, destacou a presença das instituições de pesquisa na Amazônia Legal.
Atualmente, há 14 universidades federais atuando em 78 campi distribuídos por 170 municípios. Segundo ele, essas instituições são essenciais para desenvolver soluções para conflitos como o desmatamento e disputas por terras. “A resposta está no fortalecimento da universidade pública na Amazônia e na atuação como agentes científicos capazes de criar tecnologias, formar profissionais locais e integrar saberes tradicionais com inovação”, afirmou.
O reitor da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), Airton Sieben, afirmou que a produção de conhecimento e a preservação da floresta são fundamentais para enfrentar desafios globais nas áreas social, ambiental, energética e de saúde.
“A Amazônia oferece alternativas para solucionar grandes problemas da humanidade. Nas comunidades tradicionais, há condições de mitigar questões ambientais de forma geral”, ressaltou.
O diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Fernando Rizzo, destacou a necessidade de integrar ciência, política e sociedade. Entre as ações que têm impacto, ele citou sistemas de monitoramento de desmatamento, degradação de biomas e previsão de desastres naturais.
Segundo ele, a facilidade de compartilhamento de dados atualmente favorece a interoperabilidade, beneficiando a região amazônica. Rizzo explicou que o CGEE tem se envolvido nessas iniciativas. “São caminhos para o futuro pensar a água como eixo da segurança climática, promover a educação ambiental e adotar a abordagem OneHealth, que entende que cuidar do planeta é cuidar da saúde humana.”
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.








