Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (07/06) pelo Ministério do Meio Ambiente, o desmatamento na Amazônia apresentou uma redução de 31% nos primeiros cinco meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2022.
De acordo com o sistema de alertas Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a área desmatada alcançou aproximadamente 1.870 km².
A concentração do desmatamento em um número limitado de municípios tem facilitado as ações de fiscalização, conforme destacou Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama. Além disso, o órgão ambiental tem intensificado a aplicação de multas, reforçando o compromisso com a proteção da Amazônia.
Entre os dados apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente, constatou-se que quase metade do desmatamento na região amazônica ocorreu em áreas que possuem o Cadastro Ambiental Rural (CAR), ou seja, de interesse privado. Outros 21% foram registrados em assentamentos e 15% em áreas de florestas públicas não destinadas.
Porém, ao contrário do que foi observado na Amazônia, o bioma cerrado tem enfrentado um aumento no desmatamento. O relatório revelou que, no período de janeiro a maio, a área desmatada nessa região aproximou-se de 3.330 km², representando um aumento de 35% em comparação a 2022.
André Lima, secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, afirmou que 77% do desmatamento no cerrado ocorreu em propriedades com Cadastro Ambiental Rural.
O governo federal está empenhado em identificar se esse desmatamento é autorizado ou não, visando a adoção de medidas adequadas.
Em resposta a essa preocupante situação, o governo lançou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal. Além disso, o Ministério do Meio Ambiente planeja avançar com a construção de um plano de prevenção do desmatamento no cerrado, paralelamente às ações de controle, fiscalização e monitoramento já em andamento.
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Fonte: Agência Brasil.