Representantes do setor industrial apresentaram ao governo federal uma proposta para a criação de um mercado regulado de carbono no Brasil. A iniciativa busca precificar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com potencial de movimentar até R$ 128 bilhões em receitas, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo estimativas do Banco Mundial, a taxação de carbono e o sistema de comércio de emissões geraram cerca de US$ 95 bilhões em 2022. Diante desses números expressivos, a indústria brasileira busca posicionar-se proativamente nessa agenda, enfatizando a necessidade de normas claras e segurança jurídica, como ressaltou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
A proposta da indústria foi apresentada durante o evento intitulado “Diálogo: Mercado Regulado de Carbono e a Competitividade Industrial”, ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Na ocasião, Alckmin anunciou que 17 ministérios estão colaborando na elaboração de um projeto de lei para regulamentar o mercado de carbono no país.
Os mercados de crédito de carbono possibilitam que empresas e indivíduos compensem suas emissões de gases de efeito estufa por meio da aquisição de créditos gerados por projetos de redução de carbono. Com a regulamentação desse mercado, o governo e o setor produtivo buscam alinhar o Brasil às metas de redução de emissões, baseando-se na Política Nacional sobre Mudança do Clima e no Acordo de Paris.
À medida que os detalhes do projeto de lei forem sendo definidos, espera-se que o mercado regulado de carbono contribua para a redução das emissões e proporcione oportunidades econômicas significativas para o país.
Fonte: Agência Brasil.