Um recente estudo realizado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em colaboração com bancos privados e o mercado de capitais, aponta que o Brasil possui a possibilidade de se consolidar como uma potência de baixo carbono e biodiversidade, devido à sua matriz energética limpa.
No entanto, alcançar esse objetivo requer um investimento expressivo nos próximos 10 anos, estimado em mais de R$ 3,7 trilhões, destinados a áreas-chave como energia, saneamento básico, mobilidade urbana, transportes e logística.
As informações foram divulgadas em um evento realizado nesta terça-feira (11/07), durante a conferência intitulada “Ambição Brasileira: Infraestrutura e Transição Climática”. Dentre os temas debatidos no encontro, destacaram-se os investimentos sustentáveis em infraestrutura, a transição energética justa e as parcerias público-privadas.
No contexto das projeções ambientais, caso o mundo aqueça 3 graus a mais, destaca-se um impacto significativo na produtividade agrícola dos países tropicais, especialmente na China e na Índia, as nações mais populosas do planeta.
Embora o Brasil figure entre os maiores emissores globais de dióxido de carbono, seu perfil de emissões se diferencia da média mundial, pois o desmatamento desponta como a principal fonte de emissão no país. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressalta as ações em andamento para alcançar a meta de eliminar o desmatamento ilegal até 2030.
Mercadante enfatizou ainda o compromisso do BNDES em reduzir de forma significativa as emissões de carbono. Entre as estratégias de descarbonização, destaca-se o uso de concessões florestais, que permitem que entidades privadas realizem o manejo sustentável de recursos em florestas públicas. Essa abordagem combina produtividade, regeneração ambiental e manutenção das funções ecológicas, econômicas e sociais.
O evento também revelou dados promissores sobre a preservação e o uso de energia limpa no Brasil. O país concentra 33% dos esforços de reflorestamento e 25% das práticas de conservação. Além disso, a competitividade em energia renovável é destacada, com 45% da capacidade instalada proveniente de geradores eólicos e 30% da capacidade solar.
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Fonte: Agência Brasil.