Os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômico-Financeira e Ambiental (EVTEA) para o Sistema Intermodal do Piauí foram apresentados na última quarta-feira (02/08) à Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) e à Companhia Ferroviária e de Logística do Piauí. A apresentação ocorreu em um evento na Seplan.
Conhecido como Intermodal do Vale do Parnaíba, ou Multimodal do Vale do Parnaíba, o projeto prevê a interconexão de uma ferrovia, uma hidrovia e um porto marítimo. Este sistema intermodal se destina ao transporte da produção agrícola do estado do Piauí.
A rota proposta envolve um trecho de hidrovia entre o Rio Parnaíba e o Rio das Balsas, uma ferrovia, o Porto Marítimo de Luís Correia e terminais fluviais ao longo dos dois rios. Se implementado, o projeto permitirá o transporte de commodities e produtos industrializados para outras regiões do Brasil. Além disso, o Piauí será incluído nas rotas do comércio internacional.
Segundo Washington Bonfim, Secretário de Planejamento, o sistema intermodal é uma chave para o desenvolvimento industrial, tecnológico e econômico. Ele reitera que a combinação de diferentes modais de transporte facilitará a conexão de áreas produtoras de grãos, como a soja, com o Porto de Luís Correia.
Os estudos de viabilidade destacam que o Porto de Luís Correia tem um potencial significativo para a exportação de grãos e minérios, além da importação de líquidos e fertilizantes. Além disso, foi apontado que parte do que é produzido em Uruçuí, por uma das empresas líderes do setor, é atualmente exportada para a Europa via Porto de Sergipe.
Os dados mostram que o Piauí é atualmente o terceiro maior produtor e exportador de grãos, como soja e milho, na região Nordeste. Em 2022, a exportação de cereais na região do Matopiba – que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – atingiu cerca de 20 milhões de toneladas. Isso representa um aumento de 30% ao ano nos últimos cinco anos.
A implementação do sistema intermodal proposto terá impacto na produção e na instalação de outras indústrias, além de reduzir o desequilíbrio entre oferta e demanda. Isso pode levar a um aumento na competitividade do setor agrícola da região.
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Fonte: Governo do Piauí