Uma imagem de satélite mostrou uma enorme pilha de roupas descartadas no deserto do Atacama, no Chile, evidenciando o problema da poluição causada pela indústria da moda. Segundo a ONU, esse setor é o segundo mais poluente do mundo, depois do petróleo, e consome muita água e energia.
As roupas que são jogadas fora, muitas vezes, contêm materiais sintéticos, como o poliéster, que demoram cerca de 200 anos para se decompor. Além disso, esses tecidos liberam microplásticos na atmosfera, que prejudicam a biodiversidade e a saúde humana. O lixão de roupas no Atacama tem cerca de 60 mil toneladas de peças acumuladas há anos, representando um risco ambiental e de incêndio.
A solução para esse problema é a chamada economia circular, que consiste em reaproveitar os resíduos têxteis como matéria-prima para novas peças. No Brasil, algumas empresas já estão investindo nessa alternativa, como a Malwee, que lançou um jeans produzido com apenas um copo d’água e uma camiseta feita com garrafas pet recicladas.
A reciclagem de materiais têxteis é uma forma de reduzir o impacto ambiental e social da indústria da moda, que gera cerca de 175 mil toneladas de resíduos por ano no país. Segundo o Banco Mundial, se nada for feito, o mundo produzirá 3,4 bilhões de toneladas de lixo por ano até 2050.
Fonte: Além da Energia.