A população ocupada no agronegócio brasileiro atingiu um novo recorde no segundo trimestre de 2023, totalizando 28,3 milhões de pessoas, de acordo com uma nova metodologia aplicada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Isso representa um aumento de 0,8% (cerca de 220,64 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2022.
Esse aumento na população ocupada no agronegócio se deve principalmente ao crescimento dos agrosserviços, que registrou um aumento de 7,5% (684,23 mil pessoas), e ao emprego no segmento de insumos, que cresceu 6,7% (19,4 mil pessoas). Esses setores foram impulsionados pelo excelente desempenho da produção agrícola.
No entanto, a população ocupada na agropecuária diminuiu 5% (440,29 mil pessoas) no segundo trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior. As maiores quedas ocorreram em segmentos como “outras lavouras”, horticultura, café, cereais e bovinos.
O perfil da população ocupada no agronegócio também mostrou um aumento na formalização do emprego, com mais empregados com carteira assinada. Além disso, houve um aumento no nível de instrução dos trabalhadores, uma tendência observada desde o início da série histórica.
É importante observar que essa nova metodologia inclui trabalhadores que produzem exclusivamente para o próprio consumo, o que difere da definição anterior de “pessoa ocupada” adotada pela PNAD-C em suas divulgações trimestrais. Essas mudanças metodológicas tiveram um impacto significativo nos números relatados.
Fonte: Cepea
