Mais de 160 pequenos e médios produtores de soja em Mato Grosso tiveram a oportunidade de melhorar suas práticas socioambientais e investir na intensificação da agricultura por meio de um projeto que envolveu uma parceria internacional entre o governo do estado, o Instituto PCI e as seis principais traders globais de soja: ADM, Bunge, Cargill, COFCO International, Viterra e Louis Dreyfus Company. Essas empresas fazem parte do Soft Commodities Forum (SCF) e forneceram assistência técnica gratuita por meio do programa Produzindo Certo.
O projeto também recebeu apoio financeiro do programa REDD Early Movers de Mato Grosso (REM-MT), o que permitiu atender mais produtores e fornecer apoio financeiro para a melhoria socioambiental de suas propriedades. No total, 165 produtores foram beneficiados, abrangendo uma área de mais de 33 mil hectares. Foram investidos mais de 3 milhões de reais em intensificação da agricultura e adequações socioambientais nas propriedades.
O projeto envolveu atividades de prevenção e controle de incêndios florestais por meio da Brigada Aliança, visando reduzir os prejuízos causados por queimadas. Foram realizados treinamentos para prevenção e combate a incêndios para 146 pessoas, incluindo voluntários, produtores rurais e funcionários das fazendas.
A Aliança da Terra, uma organização que trabalha na proteção do meio ambiente em harmonia com a produção agrícola e agropecuária, coordenou o projeto, enquanto a Produzindo Certo ficou encarregada de executar as ações junto aos produtores. A assistência técnica proporcionada aos produtores deverá resultar em melhorias na produtividade de suas lavouras e aumento da renda familiar.
Além de beneficiar os produtores, o projeto também contribui para a proteção do meio ambiente. A Aliança da Terra faz parte do Plano de Ação de Espécies Ameaçadas de Extinção do Cerrado e Pantanal, coordenado pelo ICMBio, e ajuda a proteger espécies ameaçadas em áreas privadas. Os resultados do projeto REM são parte dessa iniciativa. Um estudo recente destacou a importância das áreas privadas na conservação de espécies ameaçadas no Cerrado brasileiro. Portanto, ao melhorar suas práticas socioambientais, os produtores também estão contribuindo para a proteção dessas espécies.
Fonte: noticias agrícolas
