Argino Bedin, empresário conhecido como “pai da soja”, foi convocado a depor na CPI dos Atos Antidemocráticos. A convocação foi solicitada pelo deputado Carlos Veras (PT-PE). Bedin é natural de Mato Grosso e tem atuação no ramo da agricultura na região.
O depoimento de Bedin ocorreu por volta das 10h30, mas ele optou por não realizar a apresentação inicial de 15 minutos, prevista pelo regimento do Congresso. Além disso, ele decidiu ficar calado diante dos questionamentos dos parlamentares, usando o direito concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O empresário é sócio de pelo menos nove empresas e teve suas contas bloqueadas em novembro de 2022, antes dos ataques às sedes dos Poderes em janeiro de 2023, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Bedin estava entre os investigados por suposta organização e financiamento de atos antidemocráticos.
A defesa de Bedin havia apresentado um pedido de habeas corpus ao STF para evitar sua obrigação de comparecer à CPMI, mas o ministro Dias Toffoli negou o pedido e determinou que Bedin comparecesse ao colegiado. Toffoli concedeu a Bedin o direito de permanecer em silêncio diante de perguntas que pudessem incriminá-lo.
Fonte: Metrópole