Uma pesquisa recente comprovou que os bioestimulantes podem trazer benefícios significativos para a produtividade agrícola e a saúde do solo. O estudo, realizado em propriedades no Brasil e no Paraguai, utilizou uma nova ferramenta de avaliação multiatributo para mensurar os impactos desses produtos em culturas como milho, soja, algodão e cana-de-açúcar.

A metodologia, denominada Apoia-Microgeo, baseia-se no sistema Apoia-NovoRural e analisa 39 indicadores em cinco categorias: Produção Agrícola, Química, Física, Biologia do Solo e Saúde das Culturas. Os resultados mostraram que o maior impacto positivo ocorreu na biologia do solo (0,84 em uma escala de 0 a 1), seguida pela produtividade das lavouras (0,81).
Segundo os pesquisadores, os bioestimulantes modificaram a composição microbiana da rizosfera, favorecendo o crescimento das plantas e melhorando a estrutura do solo. Microrganismos como Methylovirgula e Methylocapsa foram determinantes para a redução da compactação e o aumento da matéria orgânica.
Além dos ganhos agronômicos, a tecnologia aumentou a rentabilidade dos produtores sem elevar os custos proporcionalmente. O estudo, conduzido por especialistas da Embrapa e da Microgeo Biotecnologia Agrícola, foi publicado na revista Frontiers in Plant Science e reforça o potencial dos bioestimulantes na agricultura sustentável.