O litígio territorial entre Piauí e Ceará, que envolve a região da Serra da Ibiapaba, traz à tona preocupações significativas não apenas para o setor agropecuário, mas também para o gerenciamento dos recursos hídricos. A área é conhecida por sua produção agrícola intensiva, que depende fortemente da irrigação. A definição das fronteiras impacta diretamente o acesso e a administração das bacias hidrográficas e dos sistemas de irrigação, essenciais para o cultivo de frutas, hortaliças e outras culturas.
A incerteza jurídica sobre a jurisdição territorial pode complicar o planejamento e a implementação de infraestruturas hídricas, como barragens e canais de irrigação, além de influenciar políticas de uso da água e controle ambiental. Uma resolução clara do litígio é vital para assegurar a sustentabilidade dos recursos hídricos na região e, consequentemente, para manter a produtividade agrícola e o desenvolvimento econômico local.
A expectativa é que o Supremo Tribunal Federal (STF) considere esses aspectos ao decidir sobre o caso, garantindo que os interesses dos agricultores e das comunidades locais sejam protegidos e que as práticas de gestão hídrica sejam devidamente alinhadas com as políticas estaduais.