A proposta de revisão do Regulamento Técnico da Soja pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reflete um debate em curso nos últimos dois anos. A intenção é alterar os critérios de classificação da soja, incluindo aspectos como umidade, identidade e qualidade, amostragem, modo de apresentação e marcação ou rotulagem do grão.
A mudança específica proposta envolve a redução do teor de umidade da soja de 14% para 13%. No entanto, a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA) expressa sua oposição a essa alteração, a menos que sejam considerados mecanismos de compensação financeira para os produtores.
A CNA destaca que a diminuição de 1% na umidade resulta em uma massa de soja 1,15% mais leve, o que pode acarretar prejuízos na comercialização para os sojicultores. A preocupação é particularmente relevante para os produtores que entregam diretamente às tradings, onde os descontos seriam aplicados na entrada do grão.
“O produtor que colhe e entrega a produção diretamente a uma trading, que será a responsável pela secagem, já sofreria o desconto na entrada do grão. É isso o que estamos querendo discutir com todos os elos, porque se a indústria e os armazéns vão se beneficiar por ter uma qualidade melhor no final do armazenamento e o frete ficará mais barato, o produtor precisa ter uma garantia de que não terá prejuízo”, Afirma o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli.
Fonte: Canal rural