Nesta quarta-feira (07/09), o Ministério da Agricultura e Pecuária emitiu portarias contendo informações sobre o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do algodão herbáceo. As portarias, que entram em vigor em 3 de julho, são destinadas ao ano-safra 23/24.
O Zarc abrange os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Acre, Rondônia, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Distrito Federal.
O objetivo principal do zoneamento agrícola é identificar os municípios aptos para o cultivo do algodão herbáceo, levando em consideração os períodos de semeadura com menor risco climático. São estabelecidos três níveis de risco: 20%, 30% e 40%.
Cultura do algodão
O algodão (Gossypium hirsutun L. r latifolium Hutch) requer condições ideais de temperatura, umidade do solo e luminosidade para seu crescimento e produtividade.
O desenvolvimento adequado do algodoeiro demanda uma precipitação pluvial de 700 mm a 1300 mm, dependendo do clima e da duração do ciclo. Cerca de 50% a 60% das necessidades hídricas ocorrem durante o período de floração e formação do capulho.
É importante ressaltar que a falta ou excesso de água entre 60 e 100 dias após a emergência pode comprometer a produção, já que a maioria das estruturas responsáveis pela produção do algodoeiro são desenvolvidas nesse período.
Para que serve o Zarc?
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático é uma ferramenta fundamental para reduzir os impactos dos problemas climáticos na agricultura.
Ele auxilia os produtores na identificação da melhor época para o plantio, considerando a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.
Esse modelo agrometeorológico leva em conta diversos fatores, como temperatura, chuvas, umidade relativa do ar, ocorrência de geadas, disponibilidade de água nos solos, demanda hídrica das culturas e elementos geográficos, como altitude, latitude e longitude.
Os agricultores que seguem as orientações do Zarc têm uma menor exposição aos riscos climáticos e ainda podem se beneficiar do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). É importante mencionar que muitas instituições financeiras só liberam o crédito rural para cultivos realizados em áreas previamente zoneadas.
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Fonte: Mapa.
