Estudos liderados pela Embrapa Semiárido apontam que o óleo essencial extraído do alecrim-do-mato, uma espécie nativa da Caatinga, tem um vasto potencial comercial para a produção de defensivos agrícolas biológicos. A planta, conhecida como Lippia sp. Schauer, revelou altos níveis de timol e carvacrol nas folhas, compostos reconhecidos por sua forte ação antimicrobiana contra diversos microrganismos agrícolas.
Os pesquisadores destacam a eficácia do óleo essencial no controle de fungos e bactérias responsáveis por causar doenças em diversas culturas. Além do potencial agrícola, o óleo também mostra promessas para uso na saúde animal e humana, sendo eficaz no tratamento da mastite na pecuária, por exemplo.
Os estudos avançam para o uso do óleo essencial na pós-colheita da manga, uma fruta de grande importância socioeconômica para o Brasil. A aplicação do óleo em revestimentos visa manter a qualidade da fruta e prolongar seu tempo de prateleira. O trabalho envolve o encapsulamento do óleo em nanopartículas para aumentar sua efetividade.
Os pesquisadores buscam formulações e estratégias para potencializar a efetividade do óleo na fase de pós-colheita, e o próximo passo será a avaliação do revestimento em escala piloto nas instalações de processamento de manga. Além da manga, os cientistas pretendem testar o óleo de Lippia em outras frutas de interesse comercial, como a uva.
Fonte: Embrapa