Cientistas da Unesp e da Embrapa Meio Ambiente criaram um novo processo para produção do fungo Trichoderma asperelloides, utilizado no controle biológico de doenças agrícolas. O método usa farinha de arroz como substrato em um sistema de biorreator em grânulo, garantindo eficiência e sustentabilidade. A solução reduz custos e aumenta a durabilidade do produto, beneficiando agricultores que buscam alternativas aos fungicidas químicos.
O grande diferencial do estudo está nos grânulos secos contendo conídios do fungo, que mantêm viabilidade por mais de dois anos quando armazenados sob refrigeração. Essa estabilidade permite aplicações em larga escala e maior controle de patógenos como Sclerotinia sclerotiorum, causador do mofo branco em culturas como soja, feijão e algodão. Testes indicam que fontes orgânicas de nitrogênio, como levedura hidrolisada, aumentam a eficiência do processo fermentativo.
A pesquisa também investiu em embalagens especiais para controle de umidade e oxigênio, garantindo maior preservação do fungo. Além disso, o uso de farinha de arroz como substrato valoriza subprodutos agrícolas e reduz desperdícios, alinhando-se à economia circular. O método amplia as possibilidades do Trichoderma no manejo sustentável de doenças do solo e nematoides.
A inovação fortalece a agricultura sustentável e reduz a necessidade de fungicidas químicos, tornando o controle biológico mais acessível. A nova tecnologia pode beneficiar diversas culturas, desde hortaliças até lavouras extensivas, impulsionando a produtividade com menor impacto ambiental.
