
O Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF) foi oficialmente lançado nesta quinta-feira (6), em paralelo à Cúpula de Líderes que antecede a COP30. A iniciativa brasileira já garantiu mais de US$ 5,5 bilhões em financiamento, atingindo metade de sua meta para 2025. O principal objetivo do fundo é viabilizar a proteção das florestas tropicais, promovendo um equilíbrio entre a preservação ambiental e a rentabilidade para os investidores.
O fundo rapidamente atraiu contribuições significativas de diversos países. A Noruega foi a primeira a anunciar um aporte de US$ 3 bilhões, seguida pela Indonésia, com US$ 1 bilhão. A França destinou € 500 milhões, e Portugal confirmou € 1 milhão. A Alemanha, representada pelo chanceler Friedrich Merz, também se prepara para anunciar sua participação financeira.
O governo brasileiro aguarda também novas contribuições do Reino Unido e da China. O príncipe William e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer demonstraram apoio à proposta, que deverá ser apresentada ao Parlamento britânico para sanção. A delegação chinesa na cúpula contou com a presença do vice-primeiro-ministro Ding Xuen Xiang, na ausência do presidente Xi Jinping.
Nomes como os dos presidentes Donald Trump (Estados Unidos) e Javier Milei (Argentina) estiveram ausentes, cujos países não aderiram ao Acordo de Paris. Essa ausência realçou o papel de destaque dos representantes europeus no evento, com a presença de Emmanuel Macron (França), Pedro Sánchez (Espanha) e Keir Starmer (Reino Unido).
Durante a apresentação, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esclareceu que o TFFF opera com base em investimentos reembolsáveis, e não em doações, direcionados à conservação ambiental.
“É possível ter um instrumento que financia a proteção das florestas tropicais e que não é doação. Tanto recursos públicos quanto privados terão seu dinheiro de volta, e, o mais importante, também irão para a proteção das florestas”, destacou a ministra Marina Silva.
Programação da Cúpula
Além do anúncio do fundo, a programação da cúpula incluiu duas sessões temáticas nesta sexta-feira (7). A primeira, focada em transição energética, foi aberta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfatizou a importância do combate à pobreza energética e do intercâmbio tecnológico entre países em desenvolvimento e nações desenvolvidas.
A segunda sessão, também conduzida pelo presidente Lula, revisou os dez anos de vigência do Acordo de Paris, com ênfase nos compromissos assumidos para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Fonte: Canal Rural.








