No ano de 2020, incêndios implacáveis consumiram mais de 30% do Pantanal, equivalente a aproximadamente 45 mil quilômetros quadrados de floresta devastada, de acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em colaboração com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Essa estimativa, baseada em imagens mais precisas do satélite da missão Sentinel-2, supera números de estudos anteriores, que haviam estimado perdas entre 14 mil e 36 mil quilômetros quadrados.
Os dados revelam uma realidade alarmante: entre 1º de janeiro e 28 de agosto deste ano, o Pantanal já registrou quase 400 focos de incêndio. Em comparação, no mesmo período de 2020, o número alcançou quase nove mil focos de queimadas, marcando o pior índice desde 1998. O estudo também salienta a necessidade de aprimorar os registros de impactos do fogo em áreas sensíveis às mudanças climáticas, como o Pantanal, que representa a maior extensão de área úmida tropical do planeta.
A situação ganha ainda mais urgência diante das projeções climáticas, pois o fenômeno El Niño ameaça intensificar a aridez do bioma e torná-lo ainda mais suscetível a incêndios. Este cenário ressalta a necessidade de ações robustas e imediatas para proteger e preservar o ecossistema único do Pantanal diante das ameaças crescentes.
Fonte: Agência Brasil