Agroindústria

Resíduos são reaproveitados em usina de álcool e açúcar com economia circular

Resíduos de cana-de-açúcar como o bagaço e a vinhaça estão sendo convertidos em energia elétrica e compostos para fertilização do solo, reduzindo assim, as emissões de gases de efeito estufa e impactos ambientais. Uma empresa localizada em Nova Olímpia, um dos maiores produtores de álcool e açúcar do Brasil, está aproveitando cerca de 1,5 milhões …

Foto: Divulgação / MDR.

Resíduos de cana-de-açúcar como o bagaço e a vinhaça estão sendo convertidos em energia elétrica e compostos para fertilização do solo, reduzindo assim, as emissões de gases de efeito estufa e impactos ambientais. Uma empresa localizada em Nova Olímpia, um dos maiores produtores de álcool e açúcar do Brasil, está aproveitando cerca de 1,5 milhões de toneladas do subproduto por ano para fornecer energia, colocando em prática práticas sustentáveis.

O conceito é considerar o bagaço da cana-de-açúcar não como lixo, mas como biomassa, criando fontes secundárias de energia. Alta demanda de trabalho no local tem resultado em grandes quantidades de bagaço da planta sendo produzido.

Jari de Souza, diretor de uma das empresas produtoras localizadas na região, afirma que “No passado isso era uma preocupação, porque o volume aumentou e o que se utilizava na geração de energia elétrica era uma quantidade bem menor. Atualmente isso foi solucionado, porque tanto o aumento da capacidade de cogeração, como o uso na própria pecuária, tem tornado este bagaço in natura como fonte de produção de energia na empresa deles”.

De Souza acrescenta que a combustão do bagaço nas seis caldeiras da usina gera energia elétrica suficiente para acender uma cidade de 100 mil habitantes. As cinzas restantes são reaproveitadas nas plantações de cana-de-açúcar , um exemplo de economia circular.

Substituição do substrato comercial em pesquisa

Em uma propriedade com cerca de 40 mil hectares de plantações de cana-de-açúcar, pesquisas estão sendo realizadas para produzir 4 milhões de brotos de cana-de-açúcar pré-germinados (MPB). O objetivo é substituir o substrato comercial pelo bagaço de cana e a torta de filtro, um subproduto do processo de produção de açúcar e álcool.

Lúcia Ferreira Rezende, supervisora de pesquisa e desenvolvimento, afirma que “As pesquisas estão no início, mas nós já estamos caminhando para as primeiras análises. O que a gente já pode observar, é que dessa mistura de subprodutos, uma germinação, um pegamento bem semelhante ao substrato comercial. Futuramente, o que a gente espera é a substituição mesmo”.

Vinhaça reutilizada reduz impacto ambiental

A vinhaça, um subproduto da destilação do açúcar de cana, também é reintegrada ao sistema de produção. A vinhaça, que é rica em potássio, é usada na fertirrigação das plantações de cana-de-açúcar.

Caetano Henrique Grossi, gerente de sustentabilidade, ressalta que o objetivo da empresa é reduzir o impacto ambiental tanto quanto possível. “No ano de 2022 em relação a 2021, nós diminuímos em 34% nossas emissões de gases de efeito estufa, um número que vai chegar a 2035, a ser carbono zero. É um compromisso que a gente assumiu através do Programa Carbono Neutro, do Estado de Mato Grosso”.


Fonte: Canal Rural.