Os contratos futuros de açúcar encerraram a sexta-feira com altas de mais de 2% nas bolsas de Nova York e Londres. Esse aumento teve o apoio da forte valorização do petróleo, bem como das preocupações contínuas com a safra global.
O contrato mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve uma valorização de 2,58%, atingindo 27,03 cents por libra-peso, com uma máxima de 27,18 cents e uma mínima de 26,35 cents. Em Londres, o primeiro contrato subiu 2,26%, atingindo US$ 727,30 por tonelada.
Durante a semana, o contrato principal do açúcar em Nova York registrou uma queda acumulada de 0,55%.
O açúcar ganhou impulso nos últimos dias em resposta à significativa alta dos preços do petróleo. A imposição de sanções mais rígidas pelos Estados Unidos sobre o petróleo russo e as preocupações sobre um possível aumento das tensões no Oriente Médio estimularam o mercado. Além disso, preços mais altos do açúcar podem beneficiar o etanol e levar as usinas a desviar mais da cana-de-açúcar para a produção de etanol em vez de açúcar, o que reduziria a oferta de açúcar, de acordo com analistas.
Preocupações com o fornecimento de açúcar também persistem no mercado. A maior produtora de açúcar da Europa, Suedzucker, aumentou sua previsão de lucros para 2023 devido à expectativa de preços elevados, enfocando a oferta.
Além disso, a preocupação com o clima e a possibilidade de um evento climático El Niño que poderia reduzir a produção de açúcar nos principais produtores asiáticos, incluindo a Índia e a Tailândia, continua afetando o mercado.
No entanto, o mercado está acompanhando o avanço da safra no Brasil, que está sendo positivo. A produção de açúcar na segunda quinzena de setembro foi de 3,36 milhões de toneladas, um aumento de 98,02% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Fonte: noticias agrícolas