Agronegócio

Case IH vê consolidação no Brasil e mira expansão na Ásia

Companhia aposta em potencial para crescimento em países como China e Índia A Case IH, fabricante de máquinas agrícolas do grupo CNH Industrial, quer consolidar o Brasil como segundo maior mercado para a empresa, atrás apenas dos Estados Unidos, e dar passos mais largos na Ásia, onde tem presença menor. À frente das operações da Case IH desde …

Companhia aposta em potencial para crescimento em países como China e Índia

Case IH, fabricante de máquinas agrícolas do grupo CNH Industrial, quer consolidar o Brasil como segundo maior mercado para a empresa, atrás apenas dos Estados Unidos, e dar passos mais largos na Ásia, onde tem presença menor. À frente das operações da Case IH desde 2006, Scott Harris visitou o Brasil no início de maio.
“Os mercados da Índia e a China, onde a Case não está muito presente, têm muita oportunidade para a marca crescer”, afirmou o presidente global da Case IH. Junto com a New Holland, a marca compõe o segmento agrícola da CNH, que já representa 73% do faturamento global do grupo.

Em 2023, o segmento agrícola do grupo faturou US$ 18,15 bilhões, de uma receita de US$ 24,7 bilhões da CNH. Para este ano, o grupo espera reduções de 10% a 15% nas vendas da área agrícola.

Harris não revelou se há algum investimento planejado para a Ásia. Um dos segmentos em que a companhia pode expandir é o de colheitadeiras para cana, que já são amplamente utilizadas na província de Buri Ram, na Tailândia, por exemplo. O país é o segundo maior exportador de açúcar do mundo, e a Índia, onde a companhia vê potencial para crescer, é o segundo maior produtor da commodity.

Até o momento, a Case IH conta com quatro fábricas na Ásia, sendo duas na Índia, uma na China e uma na Coreia do Sul.

A empresa também aposta em outras regiões do mundo para expandir, como no mercado europeu e até mesmo na Ucrânia, a despeito da guerra contra a Rússia que já se estende por mais de dois anos. Segundo Harris, o mercado ucraniano, além do polonês, têm um “super potencial”. A companhia também aposta no crescimento na França, Alemanha e Inglaterra.

“Na Ucrânia foi realmente um desafio atuar durante a guerra. Porém, eles estão produzindo e exportando grãos, então eles precisam de equipamentos, mesmo que em um nível menor”, disse o executivo. “Mas há esperança que logo o conflito se resolva e a demanda volte, porque a Ucrânia é um mercado muito importante”, acrescentou.