
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, o Brasil vem fortalecendo continuamente o seu sistema de defesa agropecuária por meio de investimentos estratégicos em prevenção, vigilância sanitária e ampliação da força de trabalho. Essas ações contribuíram para que, em 2025, o país fosse reconhecido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) como o maior exportador mundial de carne, após a eliminação da vacinação contra a febre aftosa e o reconhecimento internacional do seu status sanitário.
O ministro Carlos Fávaro destacou que “a força desse sistema permite conquistas históricas. Ser reconhecido pelo USDA como o maior produtor mundial de carne bovina é um orgulho brasileiro”.
Segundo o ministério, esse resultado reflete décadas de trabalho técnico e institucional, aliados à implementação de medidas que elevam o nível de segurança sanitária, ampliam o acesso a mercados internacionais e reforçam a credibilidade do Brasil frente a parceiros comerciais mais exigentes.
Dentre as principais iniciativas, destaca-se a criação do Banco Brasileiro de Antígenos da Febre Aftosa, que fortalece a capacidade de resposta rápida a emergências sanitárias. O repositório garante a disponibilidade imediata de antígenos para a produção de vacinas, alinhando o Brasil às melhores práticas internacionais recomendadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
“Isso demonstra a robustez do sistema e mostra que o Brasil está preparado, pois as crises sanitárias se tornam cada vez mais frequentes”, afirmou Fávaro.
Além das ações de prevenção, o Ministério avançou na fiscalização e inspeção sanitária. Recentemente, foram publicadas no Diário Oficial da União as Portarias nº 122, nº 1.493 e nº 1.494, que credenciam as primeiras empresas para apoiar atividades de inspeção ante mortem e post mortem de animais destinados ao abate, conforme a Portaria nº 861 de 2025.
As empresas credenciadas serão responsáveis pela contratação de médicos-veterinários que atuarão sob supervisão de auditor fiscal federal agropecuário (AFFA) com formação em medicina veterinária. Segundo o ministério, o processo não altera as competências do Sistema de Inspeção Federal (SIF) nem as atribuições da inspeção oficial.
Paralelamente, o Mapa vem promovendo o chamamento de novos servidores aprovados em concursos públicos, ampliando a força de trabalho do sistema de defesa agropecuária. Essa medida reforça a presença do Estado nas atividades de fiscalização, vigilância e controle sanitário em todo o território nacional, contribuindo para a eficiência do sistema.
O fortalecimento da defesa agropecuária é considerado fundamental para manter o status sanitário do Brasil, proteger a saúde animal, garantir a segurança dos alimentos e consolidar a posição do país como líder global no comércio de produtos agropecuários.
BANCO BRASILEIRO DE ANTÍGENOS DA FEBRE AFTOSA
Segundo o ministério, o banco de antígenos representa um avanço estratégico na prevenção de riscos sanitários e na proteção da pecuária nacional. O projeto resulta de anos de trabalho de técnicos, pesquisadores e servidores públicos do Ministério da Agricultura e Pecuária, em parceria com outras instituições.
O ministro Carlos Fávaro afirmou que “estamos investindo no banco de antígenos, em parceria com o Tecpar do Paraná, uma referência no tema, além de contar com parcerias internacionais, como a Biogénesis, da Argentina. É um investimento que garante a continuidade de um processo importante para o Brasil manter seu status de país livre de febre aftosa sem vacinação”.
A empresa contratada será responsável por produzir um estoque de até 10 milhões de doses de antígenos, capazes de iniciar imediatamente a produção de vacinas para ações emergenciais, conforme demanda do Ministério, além de garantir a distribuição rápida do material.
O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, destacou que “o investimento de R$ 48 milhões no banco de vacinas garante a compra imediata de antígenos e a opção de aquisição de vacinas em caso de necessidade”.
Segundo ele, “a criação do banco de antígenos reforça a marca de prevenção e atenção permanente à agropecuária brasileira”, afirmou o presidente do Tecpar, Eduardo Marafon. “O modelo adotado é moderno e eficiente, garantindo um estoque estratégico de antígenos”, completou.
Os antígenos passarão por rigorosos testes de controle de qualidade, com acompanhamento oficial do Governo Federal, assegurando sua eficácia, segurança e confiabilidade.
LIVRE DE FEBRE AFTOSA SEM VACINAÇÃO
Conforme informou a pasta, em 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Carlos Fávaro receberam das mãos da diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), Emmanuelle Soubeyran, o certificado que reconhece o Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação.
Segundo o ministério, a busca por esse status, iniciada há mais de 60 anos, representa um marco para a pecuária brasileira, abrindo novas oportunidades de acesso a mercados mais exigentes ao redor do mundo.
Para alcançar esse reconhecimento, foi fundamental a implantação do banco brasileiro de antígenos da febre aftosa, uma medida de biossegurança adotada por países livres da doença, em consonância com as recomendações da OMSA.
Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária.








