Preços da soja na última sexta-feira de outubro: confira as cotações

Soja brasileira em alta impulsionada por Chicago e demanda chinesa, mas safra do Nordeste enfrenta atrasos climáticos. Novembro será decisivo para o plantio.

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Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O mercado brasileiro de soja demonstrou otimismo nesta sexta-feira (31), com negócios fechados em diversas regiões produtoras do país. Conforme análise de Rafael Silveira, da Safras & Mercado, foram registradas operações no Rio Grande do Sul e no Paraná, além de ofertas consistentes em Goiás, com preços predominantemente estáveis ou em elevação.

Segundo o analista, a valorização da soja na Bolsa de Chicago, a estabilidade nos prêmios e a variação mínima do dólar impulsionaram as oportunidades de negócio ao longo do dia. Silveira também apontou movimentações pontuais tanto nos portos quanto no mercado doméstico.

Em relação ao desenvolvimento da safra, Silveira observou um bom andamento no plantio nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Contudo, no Nordeste, especialmente na área do Matopiba, os trabalhos enfrentam atrasos devido à escassez de chuvas. Ele alertou que essa situação gera apreensão quanto ao replantio, pois o cronograma atual está defasado em comparação com 2024 e com a média histórica.

O analista enfatizou que novembro será crucial do ponto de vista climático. Se a região Nordeste receber precipitações adequadas, a janela de plantio poderá se recuperar. No entanto, a persistência do atraso pode comprometer o ciclo produtivo e o potencial de rendimento da safra.

Preços da soja no Brasil

  • Passo Fundo (RS): R$ 135,00 (alta de R$ 1,00)
  • Santa Rosa (RS): R$ 136,00 (alta de R$ 1,00)
  • Cascavel (PR): R$ 135,00 (estável)
  • Rondonópolis (MT): R$ 127,00 (alta de R$ 1,50)
  • Dourados (MS): R$ 126,50 (alta de R$ 1,00)
  • Rio Verde (GO): R$ 125,00 (alta de R$ 1,00)
  • Paranaguá (PR): R$ 141,00 (alta de R$ 1,00)
  • Rio Grande (RS): R$ 141,00 (alta de R$ 1,00)

Soja em Chicago

Os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram a sexta-feira com valorização nos grãos e farelo, e queda no óleo. Em uma sessão marcada pela volatilidade, o mercado chegou a registrar realização de lucros pela manhã. Após o intervalo, no entanto, houve recuperação, impulsionada pela expectativa de demanda por parte da China.

Com a notícia da aquisição de 12 milhões de toneladas de soja pelos chineses dos Estados Unidos até janeiro, analistas projetam compras quase diárias para alcançar tal volume. O otimismo gerado pelo acordo contribuiu para que a posição com vencimento em janeiro de 2026 acumulasse um ganho semanal de 5,18%. No acumulado de outubro, a alta foi de 9,31%.

Contratos futuros

Os contratos de soja em grão com entrega prevista para novembro de 2025 fecharam com um acréscimo de 8,50 centavos de dólar por bushel (0,77%), cotados a US$ 10,99 3/4 por bushel. A posição de janeiro de 2026 foi negociada a US$ 11,15 1/4 por bushel, com avanço de 7,50 centavos de dólar por bushel (0,67%).

Nos subprodutos, o contrato de dezembro de 2025 de farelo de soja registrou ganho de US$ 6,00 (1,90%), finalizando a sessão em US$ 321,60 por tonelada. Já os contratos de óleo com vencimento em dezembro de 2025 fecharam em 48,68 centavos de dólar por libra-peso, apresentando retração de 0,97 centavo (1,95%).

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão com leve alta de 0,01%, negociado a R$ 5,3800 para venda e R$ 5,3780 para compra. Ao longo do dia, a moeda norte-americana variou entre a mínima de R$ 5,3705 e a máxima de R$ 5,3980. Na semana, o dólar registrou desvalorização de 0,23%, enquanto no acumulado do mês a moeda apresentou alta de 1,08%.

Fonte: Canal Rural.