Soja: entenda a queda nos preços e negociações lentas no mercado brasileiro

Mercado de soja lento e preços em queda no Brasil, influenciado por ofertas escassas e incertezas nas compras chinesas. Cotações voláteis com o dólar em alta.

Imagem de Marco Jean de Oliveira Teixeir por Pixabay
Imagem de Marco Jean de Oliveira Teixeir por Pixabay

O mercado brasileiro de soja apresentou baixa liquidez e preços sob pressão. De acordo com o analista Rafael Silveira, da consultoria Safras & Mercado, as ofertas foram escassas, com vendedores mantendo spreads elevados e compradores atuando de forma contida.

Nesta segunda-feira (4), a indústria manteve um ritmo reduzido devido ao fim da temporada, e as indicações nos portos foram mistas ao longo do dia. Embora a comercialização tenha demonstrado maior firmeza no dia anterior (3), os volumes voltaram a diminuir nesta terça-feira.

No que se refere à safra nova, apenas fixações pontuais foram registradas, sem um avanço consistente. Os prêmios permanecem em baixa, e a queda em Chicago, aliada à alta do dólar, contribuiu para cotações irregulares no mercado interno.

Acordo EUA-China

Em relação ao acordo entre Estados Unidos e China, a consultoria aponta que, apesar do entendimento político entre os dois países ter favorecido a realização de lucros em Chicago, o mercado ainda aguarda confirmações oficiais de novas compras chinesas de produtos americanos. A ausência de anúncios concretos limitou o movimento de alta nos preços.

Preços de soja no Brasil

  • Passo Fundo (RS): caiu de R$ 136,00 para R$ 135,00
  • Santa Rosa (RS): caiu de R$ 137,00 para R$ 136,00
  • Cascavel (PR): subiu de R$ 134,00 para R$ 135,00
  • Rondonópolis (MT): caiu de R$ 127,00 para R$ 125,00
  • Dourados (MS): caiu de R$ 127,00 para R$ 126,00
  • Rio Verde (GO): caiu de R$ 125,00 para R$ 124,00
  • Paranaguá (PR): caiu de R$ 142,00 para R$ 141,00
  • Rio Grande (RS): caiu de R$ 142,00 para R$ 141,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram o dia em baixa, refletindo a realização de lucros após as recentes altas. O acordo entre Estados Unidos e China gerou expectativa de novas vendas aos chineses, mas a falta de confirmações oficiais fez com que o mercado perdesse força. A valorização do dólar frente a outras moedas também impactou negativamente as cotações.

Contratos futuros

O contrato de janeiro de 2026 recuou 12,75 centavos (1,12%), fechando a US$ 11,21 1/2 por bushel. O contrato de março de 2026 apresentou queda de 12,50 centavos (1,09%), a US$ 11,27 3/4 por bushel.
No farelo, o contrato de dezembro cedeu US$ 3,40 (1,05%), terminando a US$ 317,40 por tonelada. O contrato de óleo de dezembro fechou a 49,53 centavos de dólar, com uma queda de 0,31 centavo (0,62%).

Câmbio

O dólar comercial encerrou o dia em alta de 0,77%, sendo negociado a R$ 5,3987 para venda e R$ 5,3967 para compra. A moeda variou entre R$ 5,3791 e R$ 5,4021 ao longo do pregão.

Fonte: Canal Rural.