Nos últimos dez anos, o Brasil testemunhou um aumento significativo nos acidentes envolvendo abelhas, com um crescimento de impressionantes 126%. De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, entre os anos de 2013 e 2022, a quantidade anual de notificações saltou de 10,7 mil para 24,2 mil.
É importante ressaltar que a região Nordeste foi a que registrou o maior crescimento nas notificações, apresentando um aumento de 363% ao longo da década. Além disso, desde 2018, essa região lidera em termos de casos totais reportados. No ano passado, as notificações de ataques por abelhas ficaram apenas atrás dos registros de escorpiões, aranhas e cobras.
Entre os estados brasileiros, Pernambuco se destaca com o maior número de mortes e notificações, totalizando quase quatro mil casos. Por sua vez, o Rio Grande do Norte apresenta a maior taxa de incidência, com 45 casos por 100 mil habitantes. No que diz respeito à taxa de letalidade, a região Centro-Oeste concentra o maior número de óbitos.
Atualmente, estima-se que existam cerca de 20 mil espécies de abelhas conhecidas, porém, são as abelhas “africanizadas” que estão predominantemente associadas aos relatos de acidentes.
Em casos de ataques com poucas picadas, é possível ocorrer inflamação local ou até mesmo uma reação alérgica intensa. Por outro lado, quando uma pessoa é picada mais de 100 vezes pelas abelhas, podem surgir complicações graves como insuficiência respiratória, renal, hipertensão e, em casos extremos, até mesmo um infarto.
Saiba tudo sobre o agronegócio brasileiro. Informações sobre agricultura, pecuária, economia e política. Siga o Agrozil no Google News.
Fonte: Agência Brasil.