Açúcar demerara e cacau também operam no negativo
Os contratos de café arábica operam em baixa nesta quarta-feira (05/06), em Nova York, depois de terem subido 3,2% na véspera. Os contratos para julho são cotados agora a US$ 2,305 a libra-peso, 1,45% menos que no último fechamento
Apesar do escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter estimado que o Brasil terá uma safra de café próxima a 70 milhões de sacas, alguns analistas indicam que não será suficiente para atender a demanda crescente.
O USDA indica 8,2 milhões de sacas para o arábica, 4 milhões de sacas a mais que no ciclo anterior, e 21,7 milhões de sacas para o conilon, com alta de 1,4%.
“Os números do USDA não foram bem aceitos pelo mercado. Ainda que seja um volume de produção alto, ele parece não ser suficiente para atender a toda demanda prevista. No caso do conilon, por exemplo, havia a expectativa para um número de 23 milhões de sacas. Agora resta saber se o dado do USDA já considera a possível quebra de safra no Brasil”, pontua Haroldo Bonfá, diretor da Pharos Consultoria.
Ainda segundo ele, em relação ao arábica, já existe uma percepção de quebra na safra brasileira, com muitos produtores relatando rendimento abaixo do ideal no início da colheita.
Devido a esse cenário, Bonfá analisa que os preços estão em patamares elevados considerando o período que deveria ser marcado por recuo nas cotações.
“Esse valor do arábica pode ser considerado alto, mas os investidores estão com apetite, e como tem perspectiva de aumento nas bolsas, esse preço pode subir ainda mais”, observa Bonfá.
Junto com o café, o açúcar e o cacau operam em baixa nesta manhã. Os contratos da amêndoa para julho recuam 1,73%, cotados a US$ 9.332 a tonelada. Os de açúcar caem 0,37%, a 18,39 centavos de dólar a libra-peso. Os valores do algodão estão estáveis, a 73,15 centavos de dólar por libra-peso.