Energia

Energia solar por assinatura ganha espaço no Brasil; saiba como funciona

O número de usinas que funcionam nesse modelo aumentou 250% nos últimos dois anos

O serviço de energia solar por assinatura, que permite aos consumidores compartilharem os benefícios de uma usina fotovoltaica, tem crescido no Brasil nos últimos anos. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o número de usinas que funcionam nesse modelo aumentou 250% desde 2021, chegando a 6.652 em 2023.

Esse sistema consiste em uma empresa que injeta na rede elétrica a energia gerada por painéis solares e divide os créditos entre os assinantes, que podem reduzir o valor da conta de luz em até 15%. Para participar, é necessário formar um grupo de duas ou mais pessoas, que devem estar na mesma área de concessão de uma distribuidora de energia elétrica, e criar uma estrutura legal, como um consórcio ou uma cooperativa.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) regulamenta esse tipo de geração compartilhada desde 2015 e reconhece os créditos aplicados nas faturas dos consumidores. A Absolar estima que os sistemas de energia solar por assinatura somam mais de 625 MW de potência instalada e estão presentes em 1.187 municípios brasileiros.

O serviço de energia solar por assinatura é uma alternativa para quem quer economizar na conta de luz e contribuir para a sustentabilidade, sem precisar instalar painéis solares no próprio imóvel. No entanto, é preciso avaliar os custos e as condições do contrato antes de aderir ao modelo.

A energia solar representa cerca de 14,7% da matriz elétrica do Brasil, com mais de 32 GW de capacidade instalada, considerando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria. O setor enfrenta desafios como a dependência de importações e a falta de incentivos fiscais para ampliar a sua participação no mercado energético nacional.


Fonte: epbr.